Desde 1870, quando Gomes de Sousa Ramos iniciou a colonização do lugarejo onde foi construída uma capela em homenagem a SantAna, a região ficou famosa pela sua localização, passagem obrigatória para aqueles que se dirigiam em direção às lavras de ouro de Bonfim (Silvânia), Meia Ponte (Pirenópolis) e Vila Boa (Cidade de Goiás).
Por volta de 1872, o local passou da categoria de povoado à freguesia, com a denominação de Freguesia de Sant´Ana das Antas.
Em 1893, dá-se a realização da primeira eleição para Intendente, cargo que, hoje, seria equivalente ao de Prefeito, sendo eleito para o cargo Lopo de Souza Ramos. Um personagem político importante da época, o professor José da Silva Batista, o Zeca Batista, como era conhecido.
Ele e Gomes de Souza Ramos tiveram um papel importante para a elevação da então Vila de Santana das Antas à categoria de cidade. O que ocorreu com a Lei nº 320, de 31 de julho de 1907, sendo, portando, essa a data da emancipação político–administrativa.
A partir de então, Anápolis passou por vários ciclos desenvolvimentistas. Na década de 1920, por exemplo, é um marco para a imigração, ou seja, a chegada de pessoas e famílias de outros países que aqui fincaram as suas raízes.
Alguns exemplos são as colônias japonesa, italiana, alemã e a sírio-libanesa, que trouxeram na bagagem traços da cultura de seus locais de origem, que são muito presentes na sociedade, além, claro, da contribuição para a economia local, sobretudo, na agricultura e no comércio.
Na década de 30, o município iniciou outro ciclo importante da sua economia, com as pequenas olarias que se transformaram em cerâmicas, abastecendo o mercado interno e, mais tarde, essas indústrias deram um suporte importante à construção de Goiânia e de Brasília.
Agostinho de Pina e Jad Salomão foram alguns dos pioneiros desse segmento que, ainda hoje, é bastante desenvolvido na região.
Estrada de ferro
A partir de 1935, com a chegada da Estrada de Ferro, o comércio anapolino se fortaleceu ainda mais. Um ano antes, surgia a primeira instituição financeira do município: o Banco Hipotecário e Agrícola de Goiás.
No ano de 1936, era fundada a Associação Comercial que, naquela época ainda não abrigava o setor industrial. Albérico Borges de Carvalho foi o primeiro presidente da entidade.
A chegada da ferrovia e a construção de duas capitais – Goiânia e Brasília-, segundo os historiadores, impulsionaram o processo de êxodo rural.
E, à medida que a população se concentrava na cidade, outras frentes de desenvolvimento iam surgindo.
O comércio atacadista, ainda hoje muito dinâmico, também teve um papel importante reservado na história anapolina e, também, na criação das capitais, visto que esse comércio atendia as demandas dessas localidades, além de abastecer a região Norte, hoje Estado do Tocantins.
Arroz
Nas décadas de 50 e 60, Anápolis ficou reconhecida como polo de beneficiamento de arroz. Grandes cerealistas se instalaram na cidade. Embora se tenha relatos de empresas de beneficiamento de arroz e também de café, a partir da década de 20. De qualquer forma, foi este, também, um período robusto da economia. Muitas edificações de armazéns e cerealistas, inclusive, ainda existem ao longo da Avenida JK e na região dos bairros Jundiaí e JK Industrial.
Indústria
A partir de 1976, Anápolis inaugura um novo ciclo, com a implantação do Distrito Agroindustrial (DAIA), no governo de Irapuã Costa Júnior.
Porém, até meados da década de 80, poucas empresas se instalaram no local. A arrancada começou com o programa de incentivos denominado Fomentar, criado no governo de Íris Rezende e que, anos mais tarde, foi transformado em produzir, no governo de Marconi Perillo.
O povoamento do DAIA se deu com empresas de vários ramos de atividade. Mas, a partir de 1999, com o advento da política nacional dos genéricos, foram criados instrumentos para atrair esse promissor segmento.
Já no ano 2000, outro marco econômico importante foi a implantação da Estação Aduaneira Interior, o Porto Seco Centro-Oeste, que colou Anápolis na rota do comércio internacional.
Em 2007, abriu-se um novo ciclo no processo de industrialização de Anápolis, com a instalação da montadora de veículos Caoa/Hyundai, que hoje trabalha com a bandeira da marca chinesa Chery.