A partir de agosto, os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) vão visitar os domicílios dos 5.570 municípios brasileiros coletando dados para o Censo Demográfico 2022, que vai mostrar o retrato atual do país.
Saber quantos brasileiros são, como vivem e obter informações para auxiliar na formulação de políticas públicas são funções do Censo, uma pesquisa socioeconômica completa.
Os recenseadores vão visitar cerca de 78 milhões de domicílios para fazer perguntas sobre temas como as características dos domicílios, núcleo familiar, religião, nível de escolaridade, trabalho e rendimento.
Eles estarão identificados com uniforme e crachá e cumprirão os protocolos sanitários impostos pela Covid-19.
O presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, destaca que o Censo é a única investigação domiciliar que vai casa a casa, que cobre todos os municípios do país. E, no caso da população, que cobre todos os domicílios de todos os municípios.
Então, o Censo é uma oportunidade única. Geralmente ele ocorre decenalmente, porque ele dá esse retrato estrutural que é uma âncora para o planejamento.
O censo coleta informações sobre idade, sexo, nível de instrução, religião, tipo de união, fecundidade – que é o número de filhos que a mulher tem -, enfim, uma série de indicadores que não estão em todas as pesquisas e, quando estão, não cobrem todos os municípios. Também renda, que dá a base para o PIB [Produto Interno Bruto]. Enfim, é uma pesquisa socioeconômica completa.
Por conta de diversas questões, inclusive, devido à pandemia do coronavírus, pode ocorrer de haver recusa de acolhimento do recenseador.
Sobre essa questão, o presidente do IBGE esclarece que o objetivo principal é o “cara a cara”. Ou seja, o recenseador irá bater de casa em casa. E, uma vez registrado o domicílio, será dada a opção de preenchimento do questionário pela internet, com acesso a partir de um código de barras. Além disso, haverá também a opção de agendamento para uma entrevista por telefone.
Questionários
Sobre o questionário do Censo, quantas perguntas são e qual o tempo médio para respondê-las? São aplicados questionários diferentes?
Segundo Eduardo Neto, existe um questionário que é básico, que vai em todas as casas. É um questionário que estimamos aplicar em 78 milhões de domicílios. Para esse universo de 78 milhões, temos 26 perguntas e demora de cinco a seis minutos para fazê-las.
“Nesse primeiro, o que queremos medir é o número de pessoas que têm no Brasil, o sexo e a idade. Esse é considerado o questionário base”,
explicou o presidente.
Para uma amostra, que são cerca de 11% dos 78 milhões, o que dá aproximadamente 8,5 milhões de domicílios, será aplicado o questionário longo que tem 77 perguntas e dura, em média, 17 minutos.
É nesse que trarão perguntas mais direcionadas sobre renda, trabalho, todas as características que costumam estar nas pesquisas domiciliares como a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua.
“O básico, que é o de 26 perguntas, é o que vai ser aplicado em todos os domicílios, esse é rapidinho e é o que vai dar o número da população brasileira para cada município, sua estrutura etária, quem é idoso”, pontua o presidente.
Identificação
Sobre a identificação dos recenseadores, o presidente informou que os mesmos terão um colete com o nome IBGE e um crachá que traz o número de identificação de cada recenseador, tem uma bolsa e um boné. Tem um QR Code no crachá e a pessoa pode pegar o número da matrícula e conferir a foto do crachá.
A ideia é dar ao entrevistado o maior grau de segurança, não só com relação à pandemia, mas com relação a possíveis golpes.
Com informações do IBGE- https://www.ibge.gov.br/