O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da plataforma Panorama do Censo 2022, traz indicadores de Anápolis em relação à população que declarou, no levantamento oficial, ser pessoa com deficiência ou ter sido diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Conforme levantamento realizado pelo M1 NOTÍCIAS, a população censitária de Anápolis, em 2022, era de 398.869 pessoas.
Dentro da população censitária (que difere da estimada, que em 2024 foi de 415.847 habitantes), o IBGE apurou que 6,5% das pessoas com e anos ou mais de idade declararam possuir algum tipo de deficiência. Em relação à população censitária, esse percentual corresponde a 25.926 pessoas.
O levantamento traz ainda que o número de pessoas que declararam terem diagnóstico de autismo, corresponde a 1,0% da população censitária. Ou seja, são 3.988 pessoas.
No somatório, tem-se, portanto, que 29.914 residentes no município declararam ter alguma deficiência ou diagnóstico de TEA, correspondendo a 7,5% do total da população censitária.
Oficiais, esses dados são importantes não apenas para que a cidade tenha uma espécie de raio-x sobre o quantitativo de PCDs e portadores de TEA, mas, sobretudo, para referenciar ou balizar as políticas públicas em prol dessas pessoas.
Vale ressaltar que essa é a primeira pesquisa do IBGE que traz dados sobre pessoas que manifestaram diagnóstico de autismo. É um referencial importante porque a partir de novas pesquisas, será possível avaliar se houve recuo ou progressão, por exemplo, do número de pessoas que manifestaram esse diagnóstico.
Goiás e Brasil
Em Goiás, o IBGE contabilizou 482.007 pessoas com algum tipo de deficiência, correspondendo a 7% da população com 2 anos ou mais de idade. No Brasil, o número de pessoas com deficiência apontado pelo levantamento foi de 14.400.869, correspondendo a 7,3% do total de pessoas com 2 anos ou mais de idade na população censitária.
O quantitativo de pessoas que informaram no Censo 2022 terem diagnóstico de TEA, em Goiás, foi de 75.040, correspondendo a 1,1% da população residente.
No Brasil, a população residente diagnosticada com TEA foi de 2.405.337, correspondendo a 1,2% do total da população residente no país.
Sobre a pesquisa
O Censo Demográfico é a mais complexa operação estatística realizada no Brasil, produzindo um detalhado retrato da população residente no Território Nacional, de seu perfil demográfico e de suas condições de vida.
A investigação da deficiência em Censos Demográficos remonta a 1872, com abordagens conceituais e metodológicas que evoluíram ao longo do tempo. O Censo 2022 alinhou-se às diretrizes do Grupo de Washington para Estatísticas sobre Pessoas com Deficiência (WG), incorporando quesitos para identificar cinco domínios de dificuldades funcionais para pessoas de 2 anos ou mais.
Quanto ao transtorno do espectro autista (TEA), um quesito específico foi incluído pela primeira vez, em cumprimento à Lei n. 13.861/2019, abrangendo todos os moradores do domicílio.
A metodologia para o TEA foi baseada no diagnóstico declarado por um profissional de saúde competente, um formato definido após testes cognitivos e consulta ao WG. (Com informações do IBGE)
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