Por Claudius Brito- O número de óbitos por Covid-19, em Anápolis, superou 2 mil. Mais precisamente, o número atualizado pelo Painel do Ministério da Saúde é de 2.056 vidas que, infelizmente, foram perdidas desde o início da pandemia, em 2020.
A estatística atualiza dados até a semana 21 de 2024, tomada de 27 de março até o dia 25 de maio último.
O painel traz, ainda, dados que permitem traçar um comparativo sobre a situação que havia na mesma semana (21) de 2020 até 2024.
O quadro geral mostra que o número de casos acumulados da Covid-19 em Anápolis é, atualmente, de 104.166. A incidência de casos (por 100 mil habitantes) é de 26.921,64.
Os óbitos totalizados até agora somam 2.056. A taxa de mortalidade (por 100 mil habitantes) é de 531,37).
Ao longo desse ano, até a semana 21, o número de casos novos foi de 1.207. O total de óbitos registrados esse ano é de 8.
Em relação aos casos novos, considerando os dados apurados para a semana 21, o painel do Ministério da Saúde traz os seguintes números: 2020- 16.514; 2021- 37.061; 2022- 36.178; 2023- 13.206 e 2024- 1.207.
Quanto aos óbitos, a estatística da pasta traz os seguintes números: 2020- 408; 2021- 1.390; 2022- 207; 2023- 43 e 2024- 8.
Nota-se, portanto, que houve uma redução significativa do ano passado para cá e um grande hiato com o ano de 2021, que foi o período mais crítico da pandemia não só em Anápolis, mas no Brasil e no mundo.
Breve histórico
O primeiro caso confirmado do novo coronavírus em Anápolis foi notificado no sistema de saúde anapolino, no dia 16 de março de 2020, ou seja, há quatro anos. Naquela mesma data, o prefeito Roberto Naves anunciava as primeiras medidas restritivas para o enfrentamento da terrível doença no Município.
O primeiro registro oficial de óbito de um morador de Anápolis, ocorreu no dia 30 de abril de 2020. Foi uma mulher de 75 anos de idade, cuja identidade foi preservada.
A partir de então, a população passou a conviver com vários tipos de situações como o fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais.
O acesso aos supermercados, por exemplo, foi restringido e era preciso fazer fila para ter acesso. Dentro dos estabelecimentos, as pessoas não ficavam próximos a havia muito silêncio.
Com o lockdown, as pessoas tiveram de ficar mais em casa. Como num filme de ficção científica, as ruas ficaram desertas.
O clima de apreensão tomou conta das pessoas. Para quebrar esse clima, muitos artistas e grupos começaram a fazer apresentações musicais das sacadas dos prédios, nas áreas livres de condomínios e onde se pudesse levar um alento para o enfrentamento da situação.
Momentos difíceis, já que em razão da situação crítica de momento, até os templos religiosos tiveram de ficar fechados.
Referência
A pandemia se alastrou rapidamente, levando a uma ocupação sem precedentes dos leitos de internação e de UTI. Houve momentos em que os leitos de UTI da rede estadual chegaram a ficar com 100% de ocupação e do Município, chegando à casa de 90%.
Mas, era preciso fazer o enfrentamento e, assim, a cidade que acolheu os repatriados começou a preparar a rede de saúde.
Com recursos próprios e contando com o apoio de parceiros na iniciativa privada, a Prefeitura ampliou a quantidade de leitos de internação e de UTI e implantou o Centro de Atendimento Norma Pizzari, exclusivo para atendimento aos pacientes de Covid-19 com quadro de agravamento da doença.
A estrutura montada em Anápolis, com recursos próprios, evitou que o caos se instalasse no sistema de saúde.
No dia 18 de janeiro de 2021, a vacina chegou. Anápolis foi a cidade que deu o ponta-pé à vacinação no Estado de Goiás, começando com uma idosa de 73 anos de idade moradora de um abrigo.
Foram, portanto, anos muito intensos, sobretudo, porque o coronavírus deixou um rastro de mortes e de dor. Lá no começo, via-se as notícias do vírus fazendo óbitos, mas não se sabia que essa situação pudesse chegar perto e levar pessoas próximas: parentes, amigos, colegas de trabalho.
Enfim, muita gente conhecida que perdeu a batalha para a doença.
E, só lembrando, ainda não acabou!
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