Nas duas últimas décadas, o crescimento vertical de Anápolis ganhou visibilidade pelo número de prédios de apartamentos que saíram da região central- onde eles se concentravam antigamente- para os bairros, como o Jundiaí, Cidade Jardim e a região próxima da UniEVANGÉLICA.
Isso, devido a uma mudança de comportamento em relação à moradia que, obviamente, foi captada pelo mercado da construção e imobiliário.
Agora, com o Censo 2022, essa mudança de comportamento pode também ser confirmada na estatística oficial.
Segundo dados revelados pelo Censo 2022, relativos à caracterização dos locais de moradia, Anápolis tem atualmente 9,74% do total de 397.062 moradores residindo em apartamentos. O que representa 38.674 moradores neste tipo de domicílio.
Predominantemente, o maior percentual (88,76%) de moradores vivem em casas. O que corresponde, nominalmente, a 352.432 moradores.
Leia ainda: Histórico: comunidade surda ganha tradução do Novo Testamento em Libras
Tem-se ainda, de acordo com a estatística, 1,33% de moradores que vivem em casas de vila e condomínios. O que dá um contingente de 5.281 moradores. E, por fim, 0,15% dos moradores do município habitam em casas de cômodo ou cortiços. Esse percentual representa 595 moradores.
Proporção
Proporcionalmente, conforme mostra o levantamento, Valparaíso de Goiás está entre os 25 municípios, incluindo capitais e o Distrito Federal, com maior percentual de moradores em domicílios particulares permanentes ocupados em apartamentos.
A cidade goiana está na 14ª posição com o percentual de 35,05%. Esse ranking é liderado pela cidade de Santos (SP), onde o percentual é de 63,45%.
Em Goiás, os 10 municípios com maior percentual de moradores em apartamentos, são: Valparaíso de Goiás (35,06%); Goiânia (24,33%); Cidade Ocidental (20,83%); Águas Lindas de Goiás (10,96%); Anápolis (9,74%); Caldas Novas (8,94%); Aparecida de Goiânia (8,58%); Novo gama (6,94%); Luziânia (6,86%) e Catalão (6,82%).
Entre 29 cidades que aparecem na divulgação do IBGE, Cidade Ocidental e Goiãnia são os municípios com os menores índices de moradores em casa: 68,63% e 69,99%. Números também considerados na proporcionalidade da população.
Valparaíso de Goiás também lidera a lista de proporcionalidade de moradores que ocupam domicílios do tipo casas de vila ou condomínios (9,08%). Em Anápolis, o índice é de 0,15%.
Goiás e Brasil
Os dados para o Estado de Goiás, mostra que a população residente em domicílios permanentemente ocupados está distribuída da seguinte forma: 88,01% casas; 2,3% casas de vila ou condomínios; 9,02% apartamentos; 0,64% habitação em casas de cômodo ou cortiços; 0,03% estrutura residencial permanentemente degradada ou inacabada.
No Brasil, os percentuais são: 84,78%, casas; 2,4% casas de vilas ou condomínios; 12,51% apartamentos; 0,24%, habitação em casas de cômodos ou cortiços; 0,03% habitação indígena sem paredes ou malocas; 0,04%, estrutura residencial permanentemente degradada ou inacabada.
Sobre a pesquisa
O Censo Demográfico é a mais complexa operação estatística realizada no Brasil, produzindo um detalhado retrato da população residente no Território Nacional, de seu perfil demográfico e de suas condições de vida.
A presente publicação aprofunda a caracterização dos locais de moradia no Brasil, objeto do volume Censo Demográfico 2022: População e Domicílios – Primeiros Resultados, lançado em 2023, quando foram divulgados o número total de domicílios enumerados pela pesquisa, segundo a sua classificação: domicílios particulares permanentes, tipificados, também, segundo o seu uso (ocupado, de uso ocasional ou vago); domicílios particulares improvisados; e domicílios coletivos. (Com informações do IBGE)