Goiás tem mais de 50% de participação no número de indústrias do Centro-Oeste

Por Claudius Brito- O Estado de Goiá tem participação de 53,4% no número de unidades locais de empresas industriais na região Centro-Oeste. É o que aponta a Pesquisa Industrial Anual (PIA), divulgada pelo IBGE. O levantamento demonstra, com dados consolidados até o ano de 2021.

Conforme a PIA, naquele ano, ou seja, em 2021, Goiás contava com 6.985 unidades locais de indústrias, com crescimento de 6,93% frente a 2020, quando havia 6.532 unidades industriais.

A série histórica da pesquisa começou a ser levantada em 2007. De lá para cá, 2013 foi o ano em que o indicador apresentou o melhor resultado. Naquele ano, o IBGE apurou que havia em Goiás, 7.204 unidades locais de indústrias.

A pesquisa retrata que, no ano de 2021, as 6.985 unidades fabris com cinco pessoas ou mais ocupadas geraram uma receita líquida de vendas de R$ 185,8 bilhões e pagaram um total em salários, retiradas e outras remunerações, na casa de R$ 8,7 bilhões, a um contingente de  cerca de 247,6 mil pessoas ocupadas.

Além disso, essas unidades, no estado, geraram um valor bruto de produção industrial estimado em R$ 180,8 bilhões, ao passo que tiveram R$ 121 bilhões em custos das operações industriais.

Com relação ao número de pessoas ocupadas nas unidades locais de indústria, a PIA mostra que o quantitativo de 2021 (247.585) teve aumento de 6,92% na comparação com 2020 (231.560).

O resultado de 2021 também ficou abaixo da melhor marca na série histórica, também registrada em 2013 (256.831 pessoas ocupadas nas unidades industriais).

Salários

O total de salários, retiradas e outras remunerações gastos com o pessoal ocupado foi de R$ 8,7 bilhões em 2021, em Goiás. Distribuindo esse valor entre o pessoal ocupado e em 13 vezes no ano, observa-se um rendimento médio mensal de R$ 2.693.

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Contudo, de acordo com o IBGE, para melhor efeito comparativo, ao analisar o salário no poder de compra, a paridade com o salário-mínimo (s.m.) do respectivo ano mostra que as unidades locais industriais goianas pagaram 2,45 s.m. em 2021.

Entretanto, apesar do aumento do número de unidades locais e do pessoal ocupado, percebe-se certa estabilidade com o valor pago em 2021, que foi correspondente a 2,38 s.m. No Brasil, o salário médio foi de 3,13 salários-mínimos.

Ou seja, Goiás está bem abaixo da média nacional.

DAIA, em Anápolis, é referência da indústria no Estado de Goiás

Atividade

A PIA destaca, no recorte sobre atividade industrial, que no ano de 2021, a indústria de transformação, com 6.817 unidades, concentra 97,61% do total de unidades locais de indústrias (6.985).

Dentro do universo da indústria de transformação, os destaques em número de unidades são:

  • Confecção de artigos do vestuário e acessórios (1.384);
  • Fabricação de produtos alimentícios (1.342);
  • Fabricação de minerais não-metálicos (655);
  • Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (502);
  • Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (496).

Na indústria de transformação, o quantitativo total de pessoal ocupado, em 2021, era de 242.601 pessoas, com destaque para a indústria alimentícia, que absorveu 89.700 pessoas.

Em relação ao salário médio mensal em comparação com salário-mínimo, o maior pagamento é da atividade de Metalurgia, cujo rendimento do pessoal ocupado é 4,81 s.m.

A pesquisa

A PIA Empresa retrata as características estruturais do segmento empresarial da atividade industrial no País. Suas informações são utilizadas para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.

A PIA Produto constitui a principal fonte de informações sobre a produção de bens e serviços industriais no Brasil.

Ela permite uma análise da composição e evolução da produção industrial brasileira, através do acompanhamento de mercados específicos e das articulações através das cadeias produtivas.

(Com informações do IBGE)