A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), com apoio de sindicatos das indústrias e dos trabalhadores, lançou no dia 21 último, um movimento no sentido de sensibilizar o Banco Central (BC) a rever a taxa básica de juros.
A reunião, ocorrida na Casa da Indústria, em Goiânia, contou com várias lideranças da indústria, inclusive, muitas delas ligadas aos Sindicatos das Indústrias abrigados na Fieg Regional Anápolis.
Ao final do encontro, foi produzida uma carta aberta, na qual as lideranças empresariais e dos trabalhadores consideraram, de forma unânime, equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), composto pela alta direção do BC, de manter os juros em 13,75% ao ano.
Isso, diante de uma inflação que caminha celeremente para o centro da meta e dos dados que mostram desaceleração da atividade econômica, queda do investimento, menor ímpeto dos empregos e novo avanço do desemprego.
“Os juros, nos níveis atuais, estão matando empregos, matando investimentos e paralisando a economia. Entendemos que passou da hora de o BC mudar sua política e essa mudança tem que ser imediata”,
defendeu, no encontro, o presidente da Fieg, Sandro Mabel.
O documento ganhou as redes sociais de todos os atores envolvidos e será distribuído a Câmaras de Vereadores de todos os municípios do Estado, de forma a reforçar as pressões em defesa da economia e da redução dos juros.
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A carta-manifesto destaca ainda que o setor produtivo considera o controle da inflação, via restrição monetária contraproducente, diante da necessidade de agregar valor à produção e ampliar a participação da indústria no PIB nacional e no mercado internacional.
A Selic elevada, acrescenta o texto, “encarece o custo do crédito para famílias e empresas, o que contribui para esfriar ainda mais a atividade econômica. Esperamos que o bom senso prevaleça e que o Copom perceba a necessidade que o País tem de produzir, gerar emprego e renda”.
(Com informações da Fieg)