O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da Pesquisa Anual da Indústria da Construção – PAIC.
O levantamento, com dados consolidados até 2023, traz informações econômicas e financeiras sobre o segmento empresarial da indústria da construção, abrangendo a construção de edifícios, as obras de infraestrutura e os serviços especializados para construção.
Além disso, essa pesquisa também permite traçar um panorama mais sobre o pessoal ocupado, a receita bruta, o valor das incorporações, obras e/ou serviços, estrutura dos custos e despesas, investimentos e outras informações.
Conforme o levantamento, em 2023 Goiás tinha 2.478 empresas atuantes com cinco ou mais pessoas ocupadas. No ano anterior, eram 2.472. De forma que houve um quadro de estabilidade (variação de 0,2% na comparação).
Entretanto, comparando o número de empresa atuantes em 2023 (2.478) com o quantitativo que havia há cinco anos, em 2019, que era de 1.885, houve um incremento de aproximadamente 31,5%.
A pesquisa traz que em 2014, o salário médio mensal na indústria da construção em Goiás era de R$ 2.062,97. Em 2023, passou para R$ 2.810,80, sem ajuste deflacionário, segundo o IBGE.
Embora nominalmente o valor seja maior, quando se estabelece a relação com os salários-mínimos então vigentes, tem-se que em 2014 o salário médio mensal correspondia a 2,85 s.m. E, em 2023, o correspondente a 2,14 s.m. O que sinaliza queda de 24,9% na comparação.
O levantamento destaca que em 2023, o estado tinha 70.426 pessoas ocupadas nas empresas atuantes da construção. Em relação a 2022, que tinha 70.387, houve um quadro também de estabilidade, com variação de 0,06%.
Em 2023, considerando a quantidade de empresas de construção atuantes em cada estado, Goiás se posicionou com o oitavo maior número (2.478), repetindo a colocação do ano anterior.
No cenário nacional, o valor garante ao estado uma representatividade de 3,9%. São Paulo, que ocupa o primeiro lugar (18.692 empresas), aparece com representatividade de 29,5%, seguido por Minas Gerais, com 7.795 empresas (12,3% de representatividade) e Paraná, com 5.654 empresas (8,9% de representatividade).
Movimentação
Os dados do IBGE mostram ainda que em 2023, a movimentação relativa a salários, retiradas e outras movimentações na construção foi na casa de R$ 2,573 bilhões. Em relação ao custo das obras e/ou serviços da construção, o valor foi de cerca de R$ 5,578.
A movimentação das empresas com incorporações, obras e/ou serviços, atingiu o volume de mais de R$ 15,789 bilhões.
Embora ainda se configure como o segmento com maior participação no valor total das obras (43,0%), a construção de edifícios apresentou, em 2023, sua quinta queda consecutiva. Com isso, a parcela por ela ocupada na indústria da construção atingiu o menor valor desde 2010 (40,3%).
Com informações do IBGE
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