As estatísticas de acidentes de trânsito nem sempre trazem dados alentadores, sobretudo, porque atrás dos números estão vidas, muitas delas perdidas. Mas, é importante conhecer a realidade, para que se possa ligar o sinal de alerta e as pessoas possam mudar a trajetória de um trânsito mais violento para um mais humanizado.
O Maio Amarelo é o mês que traz à reflexão da sociedade as questões relacionadas ao trânsito. E, infelizmente, os acidentes são parte desse contexto.
A pesquisa Panorama CNT de Acidentes Rodoviários, realizada e divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes, traz alguns dados importantes em relação aos acidentes de trânsito no Brasil e em Goiás, ocorridos nas rodovias federais. Os dados, relativos ao ano de 2024, são contabilizados junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em Goiás, de acordo como levantamento ocorreram 3.304 acidentes nas rodovias federais que cortam o estado, com aumento de 5,4% em relação ao ano de 2023. O número de óbitos foi de 297, com incremento de 2,4% em relação ao ano anterior.
O custo total estimado com os acidentes de trânsito nas rodovias federais goianas, no ano passado, foi da ordem de R$ 729,56 milhões, sendo que o curso de acidentes com mortes foi estimado em R$ 292,95 milhões; de acidentes apenas com vítimas (sem óbitos), R$ 409,60 milhões. Os acidentes sem vítimas tiveram custo estimado em R$ 27 milhões.
A rodovia com maior número de acidentes no estado é a BR-153, com 27,4% do total. Ela é também a que registra maior percentual de óbitos, com 27,6% do total.
A pesquisa aponta que a maioria dos acidentes nas rodovias federais de Goiás ocorre em plena noite (35,9%). É também neste período que se tem o maior registro de óbitos (51,5%).
Os acidentes (sem vítimas fatais) são mais frequentes aos domingos (17,8%) e sábados (16,3%). Já os óbitos aparecem mais às sextas-feiras (18,2%) e aos domingos (17,8%).
A principal causa segundo o maior número de acidentes é associada à ausência de reação do condutor (14,5%). Essa também é a causa segundo o maior número de mortes (16,2%).
O principal tipo segundo o maior número de acidentes é por colisão (51,8%). O principal tipo segundo o maior número de óbitos é também por colisão (58,6%).
Goiás é a oitava unidade da federação com mais acidentes nas estradas federais (3.304). A liderança é do Estado de Minas Gerais (9.288). As mesas posições no ranking são mantidas em relação ao número de óbitos: 297, em Goiás (8º) e 794 em Minas Gerais (1º).
Brasil
Os dados apurados no balanço da CNT, revelam ainda que no Brasil o número de acidentes nas rodovias federais no ano passado foi de 73.114, com 8,1% a mais em relação a 2023. O total de óbitos foi de 6.153, com incremento de 9,6% em relação também a 2023.
O custo total com os acidentes nas rodovias federais foi estimado no levantamento em R$ 16,172 bilhões, sendo: R$ 9,569 bilhões em acidentes com vítimas; R$ 6,114 bilhões em acidentes com mortes e R$ 487,74 milhões em acidentes sem vítimas.
A BR-101 foi a que registrou maior percentual de acidentes (17,5%). A BR-153, que corta Goiás e passa por Anápolis, foi a quinta (3,7%). Em relação aos óbitos, o maior percentual foi na BR-116 (13,3%). A BR-153 aparece na terceira posição (4,4%).
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