Estados Unidos e China: Qual pesa mais na balança comercial de Anápolis?

Claudius Brito O mundo acompanha o desenrolar da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que estão entre as maiores econômicas do planeta. Não se sabe, ainda, que efeitos essa guerra terá efetivamente no cenário global. Mas, como reza o ditado popular: é bom colocar “a barba de molho”.

Anápolis, claro, faz parte da economia global e tem relações comerciais tanto com os Estados Unidos quanto com a China. É um parceiro pequeno, que pode passar desapercebido às duas potências.

Mas, aqui para nós, faz diferença ter cada vez mais e mais parceiros na balança comercial do município, fazendo girar a roda da economia local também com os negócios internacionais, seja com as importações, seja com as importações.

Mas, afinal, qual é a participação dos EUA e da China na balança comercial de Anápolis. Os números vão dizer por si só.

No ano passado, a corrente de comércio, que é a soma de todas as exportações e importações feitas por Anápolis, bateu na casa de US$ 2,273 bilhões. A China teve participação de 38%, com um volume em negócios de mais de US$ 902 milhões e com variação em relação a 2023, de 57,4%.

Já os Estados Unidos, também em relação à corrente de comércio, movimentaram algo na casa de US$ 121 milhões e a participação foi de 5,1%, com variação de 9,4% em relação a 2023.

Na corrente de comércio, China e Estados Unidos giraram na balança comercial de Anápolis a soma de US$ 1,023 bilhão.

Em 2024, os EUA tiveram participação de 1,4%, com volume de US$ 2,15 milhões, ficando em 14º lugar entre os destinos das exportações feitas por Anápolis. A China teve participação de 0,46%, com movimentação de US$ 718 mil e ficou em 18º lugar entre os destinos das exportações pelo município.

Nas importações a chave vira e a China aparece em 1º lugar entre os principais fornecedores internacionais, com 41% de participação e um volume de mais de US$ 900 milhões. Enquanto os Estados Unidos ficaram no 5º lugar entre os parceiros das importações por Anápolis, com volume de US$ 119 milhões e participação de 5,4%.

Mais resultados

No primeiro trimestre desse ano, os Estados Unidos já movimentaram US$ 976 mil na corrente de comércio com Anápolis, com participação de 5,95% e um crescimento de 17,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

A China, por sua vez, alcançou volume de US$ 1,093 milhão na corrente de comércio de janeiro a março de ano, com 6,6% de participação e um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

No geral, neste primeiro trimestre de 2025, as exportações por Anápolis registram US$ 16,4 milhões. A participação nas exportações de Goiás é de 0,7% e, no Brasil, de 0,02%.

O município ocupa o 27º lugar entre os exportadores goianos e o 542º lugar no ranking nacional.

Nas importações, o resultado do primeiro trimestre de 2025 é de um volume de US$ 560,23 milhões. A participação nas importações de Goiás é de 41,5% e, no Brasil, de 0,8%.

No ranking dos maiores importadores de Goiás, Anápolis ocupa o 1º lugar. No Brasil, o 27º lugar.

A corrente de comércio soma US$ 576,63 milhões no primeiro trimestre de 2025 e o saldo tem déficit de US$ 543,82 milhões.

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