A juíza da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, Maria Umbelina Zorzetti, decidiu em despacho a inelegibilidade do governador do Estado, Ronaldo Caiado (União Brasil-UB) e a cassação do registro da candidatura do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB) e sai vice, Cláudia Lira (Avante).
Tal medida é decorrente de uma Ação de Investigação Eleitoral por abuso de poder econômico.
O fato que desencadeou esse abuso, teria sido o uso indevido de prédio público, no caso, o Palácio das Esmeraldas, sede do Governo de Goiás, para uso de atividade relacionada à campanha política em prol de Mabel.
Na sentença, a magistrada também imputou a aplicação de multas: R$ 60 mil para Caiado; R$ 40 mil para Mabel e R$ 5,3 mil para Cláudia Lira, sem prejuízo das demais medidas.
Vale ressaltar que a inelegibilidade de Caiado é de 8 anos, a partir das eleições de 2024. Com isso, caso a decisão não seja revertida em outras instâncias, isso colidiria frontalmente ao projeto do governador de disputar a eleição presidencial em 2026.
O vice-governador Daniel Vilela (MDB) soltou uma nota nas suas redes sociais, informando que a decisão judicial não é definitiva e, portanto, será contestada nas instâncias superiores, onde confiamos que ´prevalecerá a verdade e o respeito à soberania do voto”, enfatizou.
Caiado e Mabel: o que eles dizem
Em coletiva de imprensa, Caiado demonstrou confiança na sua trajetória política, afirmando que a decisão não reflete ilícitos eleitorais ou morais.
Apesar da condenação, Caiado reafirmou sua intenção de lançar uma pré-candidatura presidencial em 2026 e demonstrou confiança nas instâncias superiores para reverter a decisão.
Sandro Mabel, prefeito eleito de Goiânia, considerou a decisão “desproporcional” e afiançou que seus advogados vão “cuidar disso”, ou seja, da defesa nas instâncias superiores. “Eu vou cuidar de Goiânia”, completou.
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