Por Claudius Brito – Ao contrário do que se projetava lá no início do ano, de que a eleição para Prefeito em Anápolis, ou seja, a sucessão de Roberto Naves (Republicanos) pudesse ter entre oito e nove postulantes, após as convenções, esse número caiu bastante. Como se diz no jargão político: “afunilou”.
Antônio Gomide (PT), Eerizânia Freitas (União Brasil), Hélio Lopes (PSDB) e Márcio Corrêa (PL), são os quatro nomes confirmados para o páreo.
O número pode chegar a cinco, a depender do desfecho jurídico em torno da candidatura de José de Lima (PMB).
De qualquer forma, já se tem um cenário desenhado e, agora, os candidatos, partidos, federações e coligações, já começam a trabalhar para colocarem nas ruas as suas campanhas e, claro, fazer o convencimento do eleitor ao voto.
A campanha, conforme o calendário eleitoral, terá a largada no próximo dia 16, um dia após o fim do prazo para o registro de candidaturas.
A pergunta é: o que os candidatos vão trazer para a campanha, a fim de conquistar os votos dos anapolinos?
Claro que não há ainda uma resposta, pois tudo isso ainda está sendo trabalhado.
Mas, pelo perfil de cada um dos postulantes, dá para se ter uma ideia.
E, obviamente, cada um dos candidatos estará contando a sua história e demonstrando o desejo que os move a disputar a gestão de uma cidade que se aproxima dos 400 mil habitantes e tem muitas demandas em várias áreas.
A partir de agora, portanto, o eleitor deve estar ainda mais atento, pois o jogo vai começar e as peças vão se mexer no tabuleiro político, em busca do “xeque-mate” das urnas.
Antônio Gomide
Antônio Gomide é o candidato da Federação Brasil da Esperança (PT-PC do B e PV). Junto com a Federação, caminham o Rede Sustentabilidade e o PSOL. O Rede indicou o vice na chapa liderada por Gomide. É o médico Geraldo Espíndola.
O petista já foi duas vezes vereador, duas vezes prefeito de Anápolis e, agora, está no exercício do segundo mandato de Deputado Estadual. A experiência adquirida deverá ser um dos motes da campanha.
Na campanha desse ano, Gomide deve ter como carro-chefe de campanha, o legado deixado por suas duas gestões na Prefeitura de Anápolis, que foram muito bem avaliadas, por sinal. Em especial, ele deve destacar ações na área da saúde, educação e moradia, entre outros.
Eerizânia Freitas
A candidata do União Brasil, Eerizânia Freitas, disputa pela primeira a eleição majoritária. Ele teve o seu projeto abraçado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), pelo prefeito Roberto Naves (Republicanos) e a primeira-dama e deputada estadual Vivian Naves (PP).
Além desses três partidos (UB, Republicanos e Progressistas), a aliança costurada em prol de sua candidatura agrega ainda mais oito legendas: Solidariedade, Podemos, PSB, Mobiliza, Agir, DC, PRTB e PDT. No total, 11 agremiações.
Eerizânia é professora e já ocupou diversos cargos na Administração Municipal, ao logo de sua carreira. Esse trabalho e o legado da gestão Roberto Naves é o que ela deve priorizar na campanha. O vice é o médico Samuel Gemus (DC).
Hélio Lopes
Candidato pela Federação PSDB-Cidadania, o advogado Hélio Lopes, que deve se apresentar ao eleitorado como Hélio da Apae, tem como vice na chapa o farmacêutico e acadêmico de medicina Michel Roriz (Cidadania).
Hélio Lopes foi presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Anápolis por vários anos. Além disso, ele também já foi dirigente da Associação Atlética Anapolina. No serviço público, teve passagem como presidente do Instituto de Seguridade e Saúde dos Servidores do Estado, o Ipasgo.
Hélio Lopes se candidata ao cargo pela primeira vez e seu principal mote deve ser mostrar a capacidade como gestor. Ele também deve mostrar o legado de Marconi Perillo em Anápolis. O ex-governador apoia a sua candidatura.
José de Lima
O ex-vereador e ex-deputado estadual José de Lima está tentando manter, por meio judicial, a sua candidatura, depois que o seu partido, o PMB, encaminhou documento à Justiça Eleitoral para que a convenção não seja validada.
Se conseguir, entretanto, viabilizar essa candidatura, será a sexta vez que ele entra na disputa. Assim como das vezes anteriores, seu mote de campanha é- como diria seu padrinho político, o ex-prefeito Wolney Martins: “fazer do limão uma limonada”, ou seja, maior rigidez na aplicação dos recursos públicos.
A chapa de José de Lima tem como vice Júlio César Alves Magalhães. O partido não registrou candidatos para concorrer à Câmara Municipal. A expectativa agora é sobre o desfecho que terá esse imbróglio perante a Justiça Eleitoral.
Márcio Corrêa
Candidato do Partido Liberal, o odontólogo e empresário Márcio Corrêa deverá trazer para a campanha, como já tem demonstrado, o viés da direita e do conservadorismo. Ele tem o seu projeto político, inclusive, avalizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Márcio Corrêa disputou a eleição de Prefeito em 2020 (na época, pelo MDB) e terminou na terceira posição, atrás de Antônio Gomide e Roberto Naves, que venceu o pleito. Na eleição seguinte, ele foi candidato a deputado federal e obteve 59.829 votos, ficando na condição de suplente. Ele, inclusive, chegou a assumir a cadeira por alguns meses.
Ele deve levar para a campanha essa bagagem que ele já adquiriu na atividade política, somando-se a isso, também, sua capacidade como gestor. O vice na chapa capitaneada por Márcio Corrêa e o médico Walter Vosgrau (MDB).
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