Por Claudius Brito- Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou mais uma rodada de dados relativos ao Censo de 2022. Desta vez, trazendo como recorte informações acerca das populações indígenas e quilombola.
No Brasil, para se ter uma ideia, a estatística revela uma população total de 1.694.836 indígenas e 1.330.186 quilombolas. Na soma: 3.025.022 pessoas. Quase a população censitária do Rio Grande do Norte, que é de 3.302.406 habitantes.
Em Goiás, o Censo 2022 aponta que a população indígena é de 19.517 pessoas. O estado figura no 20º do ranking nacional de maior população indígena do país. Esse ranking é liderado pelo Amazonas, que tem população indígena de 490.935 pessoas.
Os municípios goianos com maior população de indígenas são: Goiânia (4.025); Aparecida de Goiânia (1.083); Águas Lindas (941); Luziânia (909) e Cidade Ocidental (778). Esses os cinco primeiros
O sexto colocado nesse mesmo ranking é a cidade de Anápolis. Segundo o IBGE, o município tem 750 indígenas em sua população total (398.869 habitantes). Portanto, esse grupo representa apenas 0,19% da população total.
Já a população quilombola no município soma 60 pessoas (0,02% da população). No ranking nacional, Anápolis está no 1.121º lugar. Em Goiás, não é diferente, está longe das demais cidades com população quilombola. Neste caso, as cidades com maior número de quilombolas, são: Cavalcante (5.474) e Flores de Goiás (2.476).
Goiás tem 30.391 pessoas quilombolas, o que representa 0,43% do total de sua população (7.056.495). A Bahia é o estado com maior número: 397.502. Entre os estados, Goiás é o 8º com maior população quilombola.
Sobre a pesquisa
O Censo Demográfico é a mais abrangente pesquisa estatística do IBGE, realizando, a cada década, o levantamento pormenorizado da população brasileira. O principal objetivo do Censo Demográfico é obter informações sobre as pessoas moradoras em domicílios, sejam esses particulares, coletivos ou improvisados, e sobre as características das unidades de habitação.
Nesta publicação, o IBGE aprofunda o retrato oficial da população quilombola, fornecendo, pela primeira vez, estatísticas por sexo e idade para os seguintes recortes territoriais: Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Municípios, Amazônia Legal, Amazônia Legal por Unidades da Federação, Territórios Quilombolas oficialmente delimitados e Territórios Quilombolas por Unidades da Federação.
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O retrato dos povos indígenas, por sua vez, amplia o escopo das estatísticas por sexo e idade já divulgadas em 2023, com desagregações que contemplam, nesta oportunidade, os seguintes recortes: Terras Indígenas, Terras Indígenas por Unidades da Federação e Coordenações Regionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI.