Na balança (comercial): Anápolis e Rio Verde revelam os seus potenciais

Distantes a quase 300 quilômetros, os municípios de Anápolis e de Rio Verde têm economias distintas. Por aqui, uma das principais bases da economia é a indústria, com forte peso para o setor de medicamentos e também o automotivo.

Lá em Rio Verde, é o agro que impulsiona o desenvolvimento da região.

Mas, uma coisa as duas cidades têm em comum: a liderança na balança comercial de Goiás. Anápolis, ocupa o primeiro lugar no ranking entre os municípios importadores do estado. Já Rio Verde é o primeiro colocado no ranking goiano de exportações.

Mais uma coisa em comum na balança comercial desses dois municípios é a soja. Anápolis não é produtor, mas por aqui, de janeiro a agosto desse ano, a torta e outros resíduos da extração de óleo de soja representaram 82% das exportações feitas pelo município, com uma movimentação na casa de R$ 140 milhões.

Isso não é nada em comparação com Rio Verde, que tem na pauta de exportações feitas pelo município, 91% de participação de soja e derivados, numa movimentação de US$ 2,8 bilhões.

Leia também: Serviços concentram quase 40% dos empregos formais em Anápolis

Isso, claro, tem uma explicação. Segundo a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), que acaba de ser divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rio Verde alçou a posição de 2º maior produto de soja no Brasil.

Com dados consolidados de 2022, a PAM aponta que o município do sudoeste goiano produziu 1,638 milhão de toneladas, com crescimento de 11% frente a 2021, maior crescimento entre os 15 maiores produtores do país.

Rio Verde fica atrás apenas de Sorriso, no Mato Grosso, que produziu no ano passado 2,118 milhões de toneladas de soja, com crescimento de 5,4%.

Jataí (1,170 milhões de toneladas) e Cristalina (1,006 milhão de toneladas), estão no top 15 dos produtores de soja do país.

Importações

Anápolis, por sua vez, lidera em Goiás o ranking das importações. Os principais produtos da pauta de compras internacionais, são: sangue e derivados, vacinas e similares (37%); medicamentos (19%) e automóveis, partes e acessórios de veículos (13,7%).

Esses produtos geraram uma movimentação na casa de US$ 803 milhões.

Parceiros

Nas exportações, os parceiros de Anápolis e Rio Verde são bem diferentes. Por aqui, os principais destinos são para Itália (31%), Países Baixos-Holanda (19%), Indonésia (13%), Turquia (8,5%) e Eslovênia (6,6%).

Por lá, em Rio Verde, as exportações são para China (76%), Vietnã (3,7%), Indonésia (2,7%), Índia (2,6%) e Tailândia (2,3%).

Nas exportações, entre os cinco maiores parceiros, o único em comum é a Indonésia.

Com relação às importações, Anápolis tem como principais fornecedores internacionais: Alemanha (30%), China (25%), Suíça (10%), Índia (6,7%) e Estados Unidos (6,4%).

De Rio Verde: Canadá (28%), China (21%), Estados Unidos (18%), Rússia (11%) e Nigéria (6,9%).

China e Estados Unidos, no caso das importações, são parceiros comuns de Anápolis e Rio Verde.

Com informações da plataforma Comex Vis do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC)