Polo Industrial Tecnológico mira novo ciclo para a economia de Anápolis

Anápolis está perto de ganhar um novo capítulo no seu histórico de desenvolvimento. Histórico essa quem vem lá desde o início da Freguesia de Santana, passando pela sua vocação comercial para atender aos tropeiros que passavam pela região e ao ciclo da estrada de ferro, das indústrias cerâmicas, das cerealistas e a implantação do DAIA, hoje, um dos polos industriais mais bem estruturados do interior brasileiro.

O Distrito Agro Industrial de Anápolis tornou-se referência e, hoje, abriga cerca de 150 plantas fabris, uma montadora de veículos com duas bandeiras internacionais, um polo farmacêutico, Estação Aduaneira Interior (Eadi-Porto Seco), entre outros atrativos.

Mas, seguindo essa trajetória de desenvolvimento, a cidade está a um passo de abrir um novo ciclo n história de sua economia.

Ainda nesse mês de setembro ou no início de outubro, o prefeito Roberto Naves deverá assinar a ordem de serviço para as obras de implantação do Politec, o Polo Industrial Tecnológico.

O projeto, capitaneado pelo vice-prefeito e atual secretário municipal de Indústria, Comércio, Inovação, Trabalho, Turismo e Agricultura, Márcio Cândido da Silva, traz uma modelagem inovadora, que agregará tecnologia e sustentabilidade.

Márcio Cândido: expectativa para início das obras

Em entrevista ao CONTEXTO, Márcio Cândido adiantou que todos os projetos complementares já estão aprovados. Algumas pendências que existiam em relação ao suprimento energético estão sendo sanadas junto à Equatorial Goiás e, nesse momento que antecede a assinatura da ordem de serviço, estão sendo feitos ajustes em relação à questão ambiental.

Segundo ele, tudo está sendo feito com rigoroso critério. Mesmo porque, o Politec traz como uma das inovações o fato de que ficará abrigado em uma área de preservação e a ideia é que a preservação ambiental seja fortalecida, inclusive, com a parceria das empresas que vão povoar o distrito.

Diga-se de passagem, o primeiro distrito industrial municipal, já que o DAIA, embora esteja dentro dos limites da cidade, é administrado por uma empresa de economia mista ligada ao Governo do Estado.

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O Politec irá receber apenas indústrias não poluentes. Prioritariamente, aquelas que atuam no campo da tecnologia e da inovação. Daí, portanto, o estabelecimento de uma nova proposta de crescimento econômico, aliada a um propósito de desenvolvimento sustentável.

Atrativos

Márcio Cândido destaca que a partir do ano que vem, deve ser lançado o chamamento para as empresas interessadas em desenvolverem as suas atividades dentro do Politec, que funcionará como uma espécie de condomínio.

Além do terreno subsidiado, informa o secretário, as empresas atraídas também com incentivos fiscais e está sendo trabalhada a criação do Selo de Produtos Sustentáveis, que será uma forma de estimular as empresas a criarem ferramentas de cuidado, preservação e proteção ao meio ambiente.

“O projeto do Politec não prejudica a natureza, muito pelo contrário, vai protegê-la ainda mais”, reforma Márcio Cândido.

De tal forma que esse projeto, na forma como está concebido, deve se tornar um referencial para o país. E, claro, a expectativa é que o Politec alcance os olhos dos empreendedores. “Já recebemos, inclusive, algumas cartas-consulta de empresas que estão fazendo sondagem sobre o Politec”, ressalta o vice-prefeito.

Sobre o Politec

O Polo Industrial Tecnológico de Anápolis – Politec, contará com área de 921.032 metros quadrados, com 13 quadras, sendo 3 áreas de preservação ambiental, 10 ruas e a avenida principal. O terreno será dividido em cerca de 180 lotes.

Localizado às margens da BR-153, entre o Parque de Exposições Agropecuárias e a Base Aérea de Anápolis, o polo deve respeitar princípios como proteger e fomentar a biodiversidade; respeitar os ciclos naturais do planeta; proteger o solo.

O investimento previsto é na casa de R$ 35 milhões. E, ainda de acordo com Márcio Cândido, “o empreendimento traz o que há de mais moderno no conceito de sustentabilidade, visando atrair empresas da indústria limpa e promover desenvolvimento social, econômico e ambiental”.

Planta do Politec: previsão de abertura de 186 lotes