A boa notícia foi dada durante visita do deputado federal Rubens Otoni ao trecho em obras entre Santa Helena e Ouro Verde de Goiás. Anápolis, marco zero do modal, poderá ter a sua economia dinamizada com a Norte-Sul. Rio Verde e São Simão já operam com a ferrovia.
Reportagem: Lucivan Machado
Texto: Claudius Brito
Fotos: Ana Rita Noronha
Sonho acalentado pelo setor produtivo de Anápolis, a Ferrovia Norte-Sul deve entrar em operação a partir do segundo semestre desse ano, com a conclusão de um trecho de 280 quilômetros que está sendo entre Santa Helena e Ouro Verde de Goiás.
Na última quinta-feira, 09, o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) esteve na região de Goianira, onde a Rumo concentra um volume maior de trabalho para que a ferrovia possa, dentro de um mês, estar completamente operacional nos seus mais de 1.500 quilômetros de extensão.
Prefeitura deflagra licitações para viabilizar importantes obras em Anápolis
Segundo Rubens Otoni, a ferrovia Norte-Sul é um modal de transporte estratégico para a economia e para o empresariado de Goiás e, em especial, de Anápolis.
Na visita ao canteiro de obras, o parlamentar foi informado de que o trecho citado deve ficar pronto até o final deste primeiro semestre.
Esse prazo, segundo ele, está ajustado ao que foi colocado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, onde esteve por três vezes cobrando a entrega do serviço por parte da concessionária.
Para Rubens Otoni, é inadmissível não se ter a ligação de Anápolis com o litoral Sul, no caso, o Porto de Santos.
Na parte Norte, a ferrovia já tem trecho ligando Anápolis até Porto Nacional, no Estado do Tocantins e, de lá, a ferrovia segue com ligação até o Porto de Itaqui, no Maranhão.
“Estamos trabalhando para que possamos operacionalizar a parte Sul. Nosso objetivo aqui é fazer com que os prazos sejam cumpridos e a obra seja entregue dentro daquilo que está pactuado com a ANTT”,
frisou o deputado.
Rubens Otoni pontuou que esteve conversando com dirigentes do Porto Seco e com empresários do Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA) e sabe a importância que é tornar esse trecho operacional o mais breve possível.
Inclusive, conforme foi dito por Rodrigo De Stéfani, executivo da área de Relações Institucionais e Governamentais da Rumo, a empresa já entregou, em 2021 e 2022, respectivamente, os terminais de São Simão e Rio Verde.
O que, portanto, garante mais competitividade aos empresários dessas regiões, com a condição de colocarem seus produtos no Porto de Santos pelo modal ferroviário.
“Não vou sossegar enquanto essa obra não seja concluída e totalmente entregue ao setor produtivo”, ressaltou o deputado Rubens Otoni. Ele afirmou que a ANTT já sinalizou que, uma vez entregue a obra, a autarquia fará a vistoria para que ocorra de forma célere a colocação em funcionamento da ferrovia.
Obra estratégica
Durante a visita, Rodrigo De Stéfani destacou que o trecho de Santa Helena a Ouro Verde é estratégico dentro do conjunto de obras que estão sendo executadas, porque ela permitirá trazer material rodante, como as locomotivas.
No momento, a obra está sendo finalizada com a parte de infraestrutura, incluindo a construção de um viaduto e sistemas de drenagem, para que em seguida já possam ser assentados os dormentes e trilhos.
Segundo ele, embora dependa das condições climáticas, uma vez que muitas obras necessitam de estiagem, a previsão é de conclusão em maio ou junho próximo.
Sendo assim, a expectativa é que ainda esse ano, os mais de 1.500 quilômetros de concessão da Rumo esteja cem por cento operacional, incluindo, Anápolis.