O Fórum das Entidades Empresariais de Goiás promoveu, nesta segunda-feira (29/08), sabatina com os candidatos ao governo de Goiás mais bem colocados nas pesquisas eleitorais.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, os vices André Rocha e Emílio Bittar, presidentes de sindicatos, diretores, gerentes e assessores técnicos da Federação acompanharam o evento, realizado no Teatro Sesc Cidadania, em Goiânia.
Para Sandro Mabel, a iniciativa da sabatina constitui momento ímpar dentro da estratégia de potencializar o diálogo entre a gestão pública e o setor produtivo.
“Nós queremos conhecer as propostas dos candidatos para a indústria, comércio, agro e, sobretudo, transmitir nossas demandas a eles, que visam aumentar a competitividade, atrair novos negócios”,
disse Mabel
Para o líder do Sistema Indústria, uma grande prioridade é viabilizar a industrialização das matérias-primas, proposta defendida reiteradas vezes desde o início de sua gestão. “Quando se deixa de industrializar no Estado, ficamos sem gerar emprego, renda e impostos. Nós nunca seremos um Estado rico exportando matéria-prima”, frisou.
Para o vice-presidente da Fieg André Rocha, que também preside o Conselho de Assuntos Legislativos da Federação (CAL), o principal ponto da sabatina é mostrar a disposição do Fórum Empresarial em dialogar com o próximo governador do Estado.
“O Fórum tem a iniciativa de ajudar no desenvolvimento do Estado. E nós estamos colocando todas nossas estruturas à disposição para, com isso, contribuir no progresso, não só econômico, mas também social de Goiás”, destacou.
O Fórum Empresarial ouviu os candidatos Gustavo Mendanha (Patriota), Wolmir Amado (PT), Major Vitor Hugo (PL) e Ronaldo Caiado (União Brasil), em ordem e horário definidos de acordo com os números dos candidatos na urna eletrônica. Todas as sabatinas tiveram uma hora de duração.
Gustavo Mendanha
Gustavo Mendanha (Patriota), o primeiro a falar, se comprometeu com uma agenda permanente com o setor produtivo e defendeu o diálogo em sua gestão. “Seja redução de carga tributária, investimento em infraestrutura, energia elétrica, qualificação profissional, nós vamos trabalhar para facilitar e melhorar a vida do empresariado goiano”, disse.
Mendanha falou em eliminar o Difal (Diferencial de Alíquota do ICMS), instrumento utilizado para equilibrar a arrecadação desse imposto entre os Estados, e disponibilizar linhas de crédito para os empresários. Em seu discurso, fez questão de mencionar o diálogo “sempre aberto e franco” com o presidente da Fieg, Sandro Mabel, e das outras entidades do setor produtivo. Ele lembrou que seu primeiro emprego foi no Sesi de Aparecida, que considerou fundamental em sua formação e qualificação.
“Eu venho de uma família de comerciantes, comecei a trabalhar na loja de calçados de minha mãe. Depois meu primeiro emprego formal foi no Sesi, e eu sou muito grato por todas as experiências que tive na minha formação profissional”.
Wolmir Amado
Segundo sabatinado, Wolmir Amado (PT) expôs sua preocupação com a queda na atividade industrial em Goiás, o que ele atribuiu à falta de incentivos. “O empresário precisa de uma contrapartida do Estado, seja de crédito, seja de incentivos fiscais. Claro que tudo isso precisa ser visto de forma técnica, precisa ser modulado”. O petista reiterou sua preocupação com o futuro da indústria goiano e assegurou que, em sua gestão, estará sempre à disposição do setor produtivo.
Major Vitor Hugo
Candidato do PL, Major Vitor Hugo anunciou que seu plano de governo priorizará a atração de novas indústrias e negócios para Goiás. Ele adiantou que será preciso renegociar o regime de recuperação fiscal para alavancar a economia. “Foi o governo atual que decidiu aderir ao regime de recuperação fiscal e isso significa a falência do Estado.”
Entre suas propostas para atração de negócios, Major Vitor Hugo citou o fomento à indústria de defesa e segurança, e sob justificativa de que a União tem e quer gastar dinheiro em Goiás. O candidato também prometeu revogar decretos estaduais que atrapalhem o desenvolvimento do setor produtivo.
Ronaldo Caiado
Encerrando a sabatina, o governador de Goiás e candidato à reeleição Ronaldo Caiado (União Brasil) foi inicialmente questionado sobre incentivos fiscais. Ele relembrou sua trajetória parlamentar em prol de políticas capazes de proporcionar a Goiás tivesse as mesmas condições de outros Estados para conceder benefícios a empresas e assim atrair negócios. Ele disse ainda que, como governador, sempre esteve aberto ao diálogo com o setor produtivo.
“Foi o único governo no País, em toda a história de Goiás, que só decidiu de forma compartilhada. Nunca tomei uma decisão em Goiás que não fosse em comum acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça de Goiás, do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do Estado e do Município, além do Fórum Empresarial. Discordância é normal”, declarou.
Fórum Empresarial
Integrado por entidades classistas do setor produtivo, o Fórum Empresarial de Goiás reúne instituições ligadas ao comércio, indústria, agronegócio e cooperativismo, sendo: Fieg, Fecomércio-GO, Faeg, Adial, Facieg, FCDL-GO, Acieg e Sistema OCB/GO.